Último Nó

A corda estava fraca. Esgarçada

Precisava ver a sua derradeira partida

Era cheia de laços enfraquecidos.

Restava um para sorrir ao toque da clarineta

De volta ao verdadeiro paradeiro

Longe do nevoeiro.

Dentro de o verde rio mergulhar

Estava por pouco

Na bambeira das pernas

Nas mãos frias

No coração bem avisado

Surdo e mudo

Teimava em descompassar

A solitude da água esperava

O momento de o nó desatar

Mergulho brilhante

Igual a um rabo de cometa

Molhado, molhado

Ao último som de trombeta

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 29/07/2005
Código do texto: T38754
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