Poesia de Bolso 65 ( Antes que o dia arrebente )

Nem tudo é corte,

Mas tudo sangra.

Sangra o beijo

Que na boca úmida

Não bebeu o sal

Que lhe tempera

E se fez espera.

Sangra o olho vazado

No punhal afiado

Das notícias do mundo.

Sangra pelos poros

Os suores noturnos

Do medo, oh do medo

De não se achar o futuro!

Aldo Guerra
Enviado por Aldo Guerra em 22/02/2007
Código do texto: T389367