A ponte

Sobre as margens do rio

Jaz a triste e solitária ponte

A aprazar das águas o bulício.

A gemer quieta e só

Teus aís e teus soluços,

A calar os teus amores.

A ponte não fala,

A ponte não grita, não chora.

Fica muda, calada...

Ela já não dorme,

Sente-se só, um pouco pó

Na dor que a consome.