OBSCENO JOGO DO AMOR

Um momento de solidão

Um beijo grávido de ilusão

Uma saudade crua

Uma lembrança nua

Uma breve nostalgia,

do aceno de um adeus

Uma chuva que chora

Um vento que se delicia,

com o triste canto da cotovia,

que pia a canção da dor

Uma alma em letargia,

curva-se diante de Deus

e silencia

Chora a morte das fantasias

Uma fera ferida grita,

com o corte do pulso que pulsa

a inércia da vida

Com um sonho não vivido

Um verde feto extraido,

de um coração sonhador,

que sofre por não entender,

as prolíxas regras

do obsceno jogo do amor!

Recife-PE

Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 01/03/2007
Código do texto: T397957