Apoplexia

A poesia acabou.

Restam prosas e conversas.

Posto que, de poesia,

não há mais vivente,

não há mais quem lembre.

O poeta já era.

Sucumbiu à letra morta.

Mesmo que caminhe como quem vive,

Jáz naquilo que sente.

Viva a hipocrisia!

O padecer da boa letra!

E prendam aquele que será mártir,

antes que morra e vire poesia.

marcos barreto
Enviado por marcos barreto em 11/02/2005
Reeditado em 21/03/2005
Código do texto: T3990