Do universo que se expande a cada instante.

Corro meus dedos por teus cabelos e pra mim são como uma estrada! Eles caminham calmamente observando os detalhes para não esquecer os caminhos dos teus pensamentos, dos teus sonhos, dos teus desejos. Não quero perder nem um momento de ti.

Quero pensamentos e sonhos, pois nessa nave também quero embarcar, caminhar, divagar, navegar...

Quero pensamentos sem formas e as formas que o seu pensamento formar.

Quero trilhar-lhe as estradas, pegar seu sol e sua chuva, estar perdida e abandonada... quero tua estrada.

Quero caminhos e ninhos.

Quero projetos e tribos perdidas.

Quero vento e temporal.

Quero montar a minha barraca na beira da sua estrada, acompanhar qualquer revoada, dia, noite e madrugada.

Corro os dedos pelos teus “pelos” e Espanha, Brasil ou Alemanha... nada é tão longe daqui.

E a estrada, por ora pedaço do nada, acaba virando viagem de avião.

Estrada velha com buracos fundos, “pra toda a fome que há no mundo”!

Mundos que quando se encontram em uma estrada sem fim, são como águas que se renovam num redemoinho. Calor, pressão, luz, terra... estrada velha.