A poesia me Mata
A poesia me mata,
É câncer que dói,
Escolha rota que me empurraram,
Dever que me foi imposto.
A poesia por não ter rosto,
Gruda na pela e cobra em sangue,
O infinito dedicar-se às ruas e suas visões.
Por isso enquanto morto e poeta, sigo inteiro.
Ninguém a recorrer, nem pra dividir.
São as escolhas e os preços,
E assim, livre e preso, faço do fim começo.
Para sempre o cheiro doce,
Dos sonhos inalcançáveis.