SEXTINA #001: DIGO COM CERTEZA,
VOU SEMPRE APRENDER 
(Reprise)


Não sei, de fato, quando despertei
Para a vida, não posso precisar,
Mas, de uma coisa, tenho plena certeza,
Não me acomodei, quis sempre aprender.
Saber e mais saber, sede insaciável,
Desde tenra idade foi o meu desejo.

Ser mui feliz sempre foi o meu desejo
Quando pra vida um dia despertei
Aprender, conhecer, fome insaciável
Batalhar por tudo o que precisar
Transpor toda barreira pra aprender
De eu conseguir, tinha toda a certeza.

Sem vez para a dúvida, mas com certeza
Crescer, estudar, lutar era o meu desejo
Aproveitando as chances de eu aprender
Adolesci, pra vida despertei
Força e vontade iria precisar
Pra poder matar minha sede insaciável.

Em meu buscar, qual sede insaciável,
Fronteiras transpus, sempre com a certeza
Que, do Alto sempre iria precisar
De Luz pra direcionar meu desejo.
Desde que eu, para a vida, despertei
Buscando coisas boas aprender.

Me afastei do mal pra o bem aprender,
Disciplinando o meu buscar insaciável,
Em minha fase madura despertei,
Bem convicto, mas com total certeza
Que, pra saciar-me em todo o meu desejo,
De muito siso iria precisar.

Mesmo assim, sem saber precisar
O quanto mesmo eu teria que aprender,
Que não posso ter tudo o que eu desejo,
Que nem toda fome ou sede é insaciável,
E que nem tudo na vida é só certeza,
Para esta verdade, enfim, despertei.

Enfim despertei, não vou precisar,
Digo com certeza, vou sempre aprender.
Minha fé insaciável, Pra Deus meu desejo.


INTERAÇÃO:
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29/03/2013 11:46 - 

Alexandre P Costa
  
           Realmente é um estilo deveras difícil.
           Sim, aqui está um excelente exemplar!

           A aprendizagem
           é até morrer...
           chegamos ao fim

           sem nada saber

:) um forte abraço amigo



(*) Sextina


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


A Sextina é um poema que aparentemente apresenta um dos sistemas estróficos mais difíceis e raros. Mas é só aparência. Quando você fizer a primeira certamente entenderá e virá que não é nenhum bicho de sete cabeça.


História


Criada por Arnaut Daniel, no século XII, foi usada por alguns dos grandes poetas, como Dante, Petrarca, Camões, etc.
No Brasil dela se utilizaram Jorge de Lima, Américo Jacó, Waldemar Lopes, Edmir Domingues, Dirceu Rabelo, Alvacir Raposo e outros.


Estrutura


Compõe-se de seis sextetos e um terceto final, a coda. Utilizando versos decassilábicos, tem as palavras (ou as rimas) finais repetidas em todas as estrofes, num esquema pré-determinado.

Assim, as palavras (ou rimas) que aparecem na primeira estrofe, na seqüência de versos 1, 2, 3, 4, 5, 6, repetem-se na estrofe seguinte, na seqüência 6, 1, 5, 2, 4, 3. E se faz na estrofe seguinte a seqüência 6, 1, 5, 2, 4, 3 em relação à estrofe anterior. E assim até a sexta estrofe, finalizando os sextetos. O terceto final, ou coda, tem, em cada verso, no meio e no fim, marcando as sílabas tônicas, as palavras (ou rimas) utilizadas no poema todo, na posição em que se apresentaram na primeira estrofe.



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sextina



 

Alelos Esmeraldinus
Enviado por Alelos Esmeraldinus em 29/03/2013
Reeditado em 18/02/2020
Código do texto: T4213128
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