em transe

flanando pelos vales da vida, revivendo,
vôos sem escala, pelos ventos correndo,
nos cantos do mundo, talvez um refúgio,
não adianta procurar, se não se perdeu,
nem se recordar do que não aconteceu,
apenas uma farsa, um reles subterfúgio!
 
como num oásis, uma chama se acende,
uma luz tênue que nas alturas ascende,
de prazeres então o mundo se empolga,
qual vento fugaz, varrendo eus perdidos,
-vilões!, sem vencedores, nem vencidos,
Finesse ínfima que a sociedade outorga!
 
das nuvens, tal um grito solene se ouve,
como pode alguém ter, se nunca houve,
é o caos da intransigência fazendo fila,
dos céus, imensa escuridão se aproxima,
de amor e ódio o universo se contamina,
trazendo à tona, o chão, a própria argila!