adormeci
um quarto da lua lampeja sobre narcisos
e nestas mãos, de esquartejadas lavras,
os dedos estão tremulos de inverno
desfaleço por dizer que o poema sangra
dos punhos abertos ...
e a saudade se esvai a vermelho e ninguém vê
oscilam os narcisos adornando estrofes de partidas
olho-me com o poema ao peito feito lâmina
que perfura... fecho os olhos, tão lentamente
e pranto.