Cais flutuante

Quero ver você sorrindo, na alegria da chegada,

Pisando firme nesse cais flutuante.

Chegando com mar inclemente batendo.

Cabelos soltos ao léu, procurando se equilibrar.

Vento batendo no seu rosto, mar espirrando no ar.

Quero senti-la ao meu lado para ser livre e me sentir amado.

Momento aguardado, mas fingirei inesperado quando chegar.

Nessa espera insana, dia após dia, vejo o Sol nascer e se por.

Sigo com o olhar as gaivotas no ar, sempre na direção do infinito,

Sem grito ou lamento, de certo, sempre em busca de novos sonhos.

Vejo a noite chegar, a lua brilhar, ouvindo as ondas quebrarem.

E quando em noites claras a lua cheia, em pleno esplendor,

Rouba do mar a calma, torcendo os sentidos - arranca-lhe gemidos,

Povoando sua mente a noite inteira em delirantes desejos de posse,

Com plena aquiescência e conluio entre Netuno e o flecheiro Cupido.

Daqui desse cais flutuante sou levado pelos sonhos que atiçam,

A esperança de sua chegada pela imaginação dos poetas,

Sempre com as amarras querendo soltar desse cais flutuante,

Mas para sermos livres e muito amar, só nos resta esperar.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 15/07/2013
Reeditado em 16/07/2013
Código do texto: T4388362
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