SUFICIENTE
não há falsidade quanto ao sorriso
dado de graça sendo presente, e,
mesmo ausente, trás consigo a calma
não há palavras que não agradem
ao sentimento se se sabe compreender
a tudo e para tanto o que se diz
não há carinho maior do que um olhar
quando se fecha pela falta da voz
feito um pequeno toque dos lábios
não há vontade que não supere o vazio
que vem do nada e para o nada volta,
sendo suficiente as deixas do coração
não há prazer em ser sem realmente ser
do que da boca cospe quando grita: Eu!
para a solidão, não há dúvida.