Bandas de Abril


Foi pelas bandas de abril
que meu coração se abriu
era ali véspera do frio
uma frescagem, um arrepio
chegou em tristeza calma
um não querer encantado
com o querer de outras almas

Era tudo quase visto
era um passar a limpo
deja vu certifitado
uma lavagem serena
acho que cair de pena
quase um morrer em Cristo.

Não sei bem o que é isto
mas veio em forma de chuva
de pranto do Espírito Santo
de olhos querendo o verde
quebra de qualquer quebranto.

Minha perna cueba e frágil
contrasta com minha mão
tanto faz, direita esquerda
a tecer mantilhas hábeis
com fios do coração


Veio assim como renúncia
só que em forma de beleza
a bem verdade, tristeza
acho que era nenhuma

Sem um trisco de saudade
Vestiu-me assim como luva
e saboreando a chuva
chamei-a maturidade


 
Elane Tomich
Enviado por Elane Tomich em 14/11/2013
Reeditado em 25/11/2013
Código do texto: T4570914
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