Anjo epilético
Sou poço de silêncios e sussurros
Um deus pequeno com pés de barro,
De vida gratuita e efêmera.
Um ser só, de asmas e ânsias
De dores e amores. Epilético,
Anjo triste e cego.
Sou tília, oco, ambíguo.
Fui, serei, sou... Alma inquieta,
Sempre verso, quase poeta.