Sôfregas Ondas

A tua fala é uma rua clara,

que me exala um nítido perfume.

Nas frias brumas onde o sentimento

é só um painel, adornado de momentos.

Na escuridão em que pequenos lumes,

Incandescentes vaga-lumes

vagam à espera da aurora.

Teu grito, de um azul terno e bonito,

denota o infinito imenso,

do céu a nos proteger.

É o silêncio que me transparece a alma

É o sopro que me restaura a calma,

a paz que careço ter.

E, quando à noite,

num suspiro empalidecido

a lua branca beija o mar,

também as ondas vêm, crespas acariciar

as areias da minha poesia e,

sob seu manto ouve-se um bramido

de ondas sôfregas a retornar.

Andrea Cristina Lopes/Curitiba/Paraná

AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 19/02/2005
Reeditado em 23/11/2010
Código do texto: T4751
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