CENA SOMBRIA

Retalho amarrotado
do velho manto da vida,
maculado.

Da escuridão se avulta
à luz da lâmpada acendida,
a vê-se a nódoa oculta
no subterrâneo d’alma
vir à tona, da mão a palma,
fiapos de poesia.

A Libélula adiposa
é a mesma que à luz pousa e posa
Mariposa à revelia.

Dá-se um blackout, um boicote

dia e noite
noite e dia
causa dano
nos finos fios do pano,
véu sobre a cena sombria.
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LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 09/04/2014
Reeditado em 09/04/2014
Código do texto: T4762785
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