Calmaria

Não sou dada à calmaria

Rasgo momentos

Abro o peito numa fúria visceral

Fico nua

Me lanço ao amor

Me entrego ao desejo desmedido

noite mal dormida

corpos cansados

gozos intermináveis

as lágrimas marcadas

aos calafrios,

arrepios,

cheiros,

Nego os sonhos esquecidos

As cenas de novelas,

amores perfeitos

Ignoro o bucolismo arranjado

Saudosismo emprestado

Evito atalhos

Não corro da dor

Não fujo do apego intenso

que me consome os sentidos

Que me faz Mulher...

Cirlene Fernandes
Enviado por Cirlene Fernandes em 06/09/2005
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