ORÁCULO

Suas mãos tocaram as águas,

O céu se fechou.

Em seu coração apenas mágoas

De um amor que guardou.

Na boca o sangue lhe saciava a sede

Os cabelos molhados da tempestade

E o sentimento que não mede

As conseqüências e a saudade.

Saudade de um tempo que não volta.

Um tempo de pureza

A alma não está morta

Só lhe resta uma certeza.

Certeza de um amor,

Um amor do passado

Que ainda lhe traz dor

Mesmo que tenha o amaldiçoado.

Maldito amor que faz chorar

Deixando triste

Não adianta implorar

Esse é o fim como o oráculo disse.

(22/06/1999)

Marcelha Leone
Enviado por Marcelha Leone em 16/05/2007
Código do texto: T489172
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