ORÁCULO
Suas mãos tocaram as águas,
O céu se fechou.
Em seu coração apenas mágoas
De um amor que guardou.
Na boca o sangue lhe saciava a sede
Os cabelos molhados da tempestade
E o sentimento que não mede
As conseqüências e a saudade.
Saudade de um tempo que não volta.
Um tempo de pureza
A alma não está morta
Só lhe resta uma certeza.
Certeza de um amor,
Um amor do passado
Que ainda lhe traz dor
Mesmo que tenha o amaldiçoado.
Maldito amor que faz chorar
Deixando triste
Não adianta implorar
Esse é o fim como o oráculo disse.
(22/06/1999)