Velhos Retratos

Velhos retratos

Cadeiras na calçada, sentados ao lado do portão e a mercê da lua,

E as minhas mãos ansiosas procurando pelas tuas,

O coração em sobressalto, batendo cada vez mais alto e forte,

O seu anel era o pretexto e eu lentamente ia rodando ele nos seus dedos.

Palavras poucas se perdiam, o silencio é que falava pelos meus sentimentos,

E no seu olhar às vezes procurava as mesmas emoções que eu sentia,

Doces canções embalavam a ilusão de minha alma,

Enquanto silenciosa e calma a noite compartilhava comigo a sua energia.

Guardei esses momentos de inocente amor e fantasia,

Não com tristeza, nem com saudade,

Mas como prova de felicidade que eu vivi naqueles dias.

A adolescência, a mocidade, são tempos que por mais que o tempo passe,

Adocicam nossas lembranças, tornam-se lindos retratos,

Abrem de novo velhos sorrisos quando novamente lembrados.

Autor

Carlos Marcos Faustino

12/09/2013-Quinta Feira- 09h38m