Eu Gaivota

Sei que tenho muitos diferentes

Uma hora sou o avesso da outra

E assim vou de avesso em avesso

Desfolhando os meus dias

Cada dia o novo me surpreende

Não sou nunca ponto final

Sou sempre mudanças

Aprendizados

Desenganos me trazem novas portas abertas

Novas trilhas

E mesmo de avesso em avesso

Meus avessos são só surpresas

Busco sempre estar na luz

Luz pra mim é clareza espiritual

Não temo a escuridão

Se for preciso por ela passo

Nunca ela vai impedir minha passagem

Hoje circunstâncias da vida já não me abalam

Se no meio da dor eu der risada de felicidade

Estou em êxtase

Por que sei que sou bonança

Não sou dor

Adoro essa tal felicidade

Que não se apaga mesmo na dor

Que não tira a alegria do rosto do abandono

Que faz criança brincar mesmo com fome

Que me mostra que desgraçados não são os que têm fome de vida

E sim os que têm fome de poder

Por mais que me vire ao avesso

Jamais vou aplaudir desamor

Jamais vou abraçar causas injustas

Jamais vou me alienar a utopias

Mas se me vir dançando por ai

É que acredito na felicidade

Sei que ela da volta na tristeza

Abraçando nossa gente

Que vive por ai sem destino

E se você tiver algo a acrescentar-me

Seu abraço será querido

Sigo abraçando o simples

Mas com muitos avessos por vir.

Glorinha Gaivota
Enviado por Glorinha Gaivota em 09/10/2014
Código do texto: T4992478
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