Práxis
Às vezes eu queria estar sentado
Neste sofá que não há lá em casa
Livrando-me do bucólico alcoolismo [mental
Livrando-me dessa pá de lodo
Do modo normal de estar incômodo
Desta rima vulgar e da espera
Do amor copiado no papel de seda
Na linguagem ruidosa das pedras
E mascar uma vez mais o que dá asco
Como uma tesoura roçando o papel em pedaços
E vendo essa plebe vestida de muda
De esperança e metamorfose
E os dentes emporcalhados de branco
E eu limpando os olhos com xingamentos