Voltei (Reconhecimento de homem errante)
Senhor, aqui em tua presença,
Em prantos revejo minha vida.
Eu que por tantos procurado
Pelo orgulho fui tomado
E sem que percebesse
De Ti fui me afastando.
Senhor, revendo minhas misérias,
Os sofrimentos que causei,
Em busca da tal felicidade.
A família que eu deixei
Filhos que não vi crescer
Tudo trocado pelo virtual.
Quantos irmãos quiseram abrir meus olhos,
E eu, cego, surdo, não quis ver nem ouvir.
E sorrindo fui mergulhando,
Cheguei, Senhor, ao fundo do poço.
Sem forças para caminhar, e fim a vida querendo dar.
Então, Senhor, de tua casa me lembrei.
Sou filho pródigo, estou aqui, eu voltei.
Por Ti envolvido, em prantos me apresento;
Vida nova; morre aqui o que era velho,
Nasce aqui o ministério:
Testemunhar tua misericórdia, o teu amor.
A tantos que magoei, peço, em teu nome, perdão.
A meus filhos, que não cometam os erros do velho pai;
A esposa dedicada que deixei, que abra o coração para o perdão.
E a ti, Senhor, daí-me a graça da união.
Que eu possa recuperar o que foi perdido;
Família santa, das cinzas renascida;
Homens novos, mundo novo em Ti, Senhor.
Senhora do amor divino
A quem o Filho tudo atende
À tua intercessão me recorro hoje e sempre
Olhai por todas as famílias
“Que o amor supere o ódio,
E a vingança de lugar a conciliação.”
Mãe querida, mesmo diante da indiferença,
Tu estavas a meu lado.
Por tantas vezes, da morte fui libertado,
Só agora eu entendo
Eras tu, Maria, que não me abandonavas.
Agora, mãe, a teu filho confesso os meus pecados,
Sepulto minhas misérias
Homem novo eu quero ser.
Consagro-me inteiramente todo a ti;
Cavaleiro da Imaculada
A partir de agora é o que desejo ser.