QUASE NADA
®Lílian Maial

 
Quase nada é o tanto que me resta agora.
Eu, que tive tudo e por tão pouco tempo
e me viciei...
 

És droga, praga, ardil, feitiço!
Poção traiçoeira, veneno mortal,
dor de brincadeira!
 

Me contaminei, bebi do teu amor
até cair.
Depois, nos teus braços, sumi.
E nunca mais me encontrei.
 

Agora vivo de fachada, nesse quase nada,
que é a tua lembrança.
Coisa de criança, nosso amor menino,
só vingou em mim.