Válvula de Escape

A dor que eu trago,

não falo...

Escrevo e largo.

Deixo ir, não retenho.

Da dor que eu venho,

eu quero partir.

Não sou carregador,

sou poeta.

Sou o estafeta

da linguagem.

Sempre trago uma mensagem

escondida nas entrelinhas.

Da dor que eu vinha,

(no começo da linha)

consegui fugir...

Nada como tingir

sua vida

da cor que mais lhe agrada.

02.01.2010