Liberdade, algoz de mim...

Sigo escrevendo...

Compondo minhas lendas com retalhos de realidade e sonhos...

Recorro a memória para fugir da ficção,

Mas ao buscar tal artifício

Visto fica, que tudo que vivi, vem de Maya em mim...

Um tanto lúdico...

Mas a quem lê pouco importa

Os recortes se são reais ou não.

Delicadeza nevrálgica,

Entre o destino de vida e morte...

Enfim me desfaço

Da alta voltagem sentimental,

Que sempre distribuo em favor da ilusão

Escrevendo, desenhando, silenciando...

Expondo o meu tecido ao cotidiano

À incidência abrasiva do insólito sofrimento-prazer

Que nasci da estrutura cultivada

A níveis perturbadores... sofrimento, prazeres, desejos...

Resquícios das sondagens em mim...

Pintados na retina, como borrões infindáveis

Pela moldura da janela da vida...

Diferentes tonalidades de silêncio

Por vezes carregados de significados

Mas até que a própria fala...

Fantasmas insidiosos,

Contundências pertubações, compulsões...

Meus eixos temáticos...

Esquálidos ludibriam minha solitária existência com as belas palavras, linhas e formas

Capturadas de minhas memórias,

Que cabem na história,

Mas não se acomodam a ela...

Observadora
Enviado por Observadora em 29/12/2014
Reeditado em 16/01/2016
Código do texto: T5084542
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