Me leve para os braços de Pachamama.

Já não sei mais se apuro, ar puro, se aspiro ou espirro,

até o ar da graça anda contaminado, um campo minado.

O sujeito não é mais determinado, o ser culto está oculto,

enquanto isso ainda, escuto a voz que vem do tumulto.

Enquanto isso a terra inflama, a vida exclama, peixe sem escama.

Risos sem destino em tom clandestino, o atentado do pudor, pouca sina e muita dor, e a morte exalando seu odor.

O sol forte na colina, esturricando a retina,

o dia vai, a noite vem, de novo a rotina.

Um corpo na esquina, coberto pela cortina.

A garganta quer gritar mas tá tão seca, que desiste de falar.

Nem sei mais o que dizer, esconder ou ei de ser ?

transmitir mensagens ou esperar o fim das paisagens ?

Ajude-me quem me ama, me leve para os braços de Pachamama.