O Vento e O Silêncio

Vinha eu caminhando numa estrada,

Só e pensativo

Era tarde da noite, e o Vento tocava meu rosto...

A lua iluminava o meu caminho solitário

Andei por quilômetros e vez ou outra ao fundo eu ouvia a voz do Vento

Ele me dizia seu nome, dizia-me que devia ir atrás de você...

Porém de súbito o Silêncio chegava e calava a voz do Vento

E mais uma vez lá estava eu perdido em meus pensamentos

Só; sem nenhuma companhia

Porém; o Vento qual persistente que era

Ao me ver só e abandonado voltava a me fazer companhia

Seu som era doce, meigo, tenro

Naquele momento ele era tudo que eu tinha ao meu lado, era meu amigo, companheiro de jornada...

Mas o Silêncio insistia em me maltratar

E vez ou outra calava a voz do Vento

Caminhei por toda a madrugada

Sem ao certo saber que rumo seguir

Meus pés cansados, já não me deixavam mais seguir em frente...

Então; parei; e ali naquele banco de praça, adormeci pensando em você.

Jorge Santos
Enviado por Jorge Santos em 05/06/2007
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