Por uma noite
Por tanto querer no amor eu fui o réu
Condenado e sem ter a culpa provada,
Sem justo julgamento e quase sem nada
Desnudado e com frio fui atirado ao léu.
Escureceu-se o meu dia e também o céu
Apagou-se o sol e sombreou-se a estrada,
A inocente alma triste que foi condenada
A beber de suas taças, amarguradas de fel.
Mas assim como se renovam muitas flores
Sob as luzes românticas de muitos amores
Serenando vida sobre elas até o alvorecer,
Aceito o sopro morno e a suavidade do açoite
Que me faz sentir que a dor dura por uma noite,
Mas a minha alegria, chegará com o amanhecer.