Poeta desperto

O poeta não está mudo

Está sentindo em seus ombros

O peso indigesto do que é desumano no mundo

O poeta não está mudo

O poeta está de olhos abertos

Enxergando as várias faces do absurdo

O poeta sentindo o sentido

Anti-horário dos passos com que caminha o futuro

O poeta já tem seu partido

E solta o seu grito

Não fica escondido por trás de barreiras ou muros