Caminhos...

Caminhos...

Mesmo que os vermes fétidos

A todos corroam

Depois de ultrapassado os umbrais

Da morte

Uma aura boa

Há de ficar no ar

Algo bom frutificar

Lamentável que em dias

Intermináveis de angústia

Sucumbida sob depressão,

fobia e dúvida

Deixado de plantar e de colher

multiplicadamente

Era outra a procura de um eu

Era um eu querendo superar

Aquela menina tímida

De antanho

Que deveria ter feito mais

Revolucionado

Agora tardiamente

Retrogradado

Hoje resta só

O lamento

Pedir perdão

Aos desencantados

Do caminho

Falhas e lacunas

Sem perspectivas

De recuperar

Perdoar, mil vezes perdoar...

maria do socorro cardoso xavier
Enviado por maria do socorro cardoso xavier em 10/06/2007
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