Espelho

O espelho que me empresta a face

enxerga um outro que me governa

Um ser que vive na rusticidade

No silêncio de uma caverna

Na veia que me lateja o fogo de espanto

No gutural grito que espalha-me o canto

O profundo que não se imagina Narciso

Por isso evolui contando pedras

Surgindo de vez em quando gênio

Sentindo-se espelho no que é preciso