Meu silencioso amigo

Olho o copo como olho minh'alma!

Vazio, úmido de um resto de álcool,

minha alma ainda úmida de restos de lágrimas!

No meu rosto cansado, sem calma.

Olho a noite como olho minh'alma,

escura e fria

de uma calma que havia

fugido, sem trauma.

Sinto o vento como sinto meu peito,

agitado, assustado!

E corro com ele, o vento

arfante, errante, sem jeito.

O copo, ainda comigo,

me ouve os sussurros,

me abraça aos goles,

meu silencioso amigo.

helio ahcor
Enviado por helio ahcor em 07/05/2015
Código do texto: T5234148
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