Diante do espelho
Se um dia apontar em riste os dedos
O passado, e perturbar tua memória,
Então sentirá os arrepios dos medos
Do tempo, se deixou nodoa na história.
Que o presente não seja os arremedos
Dos erros, que obstruam a tua vitória,
E que as farpas agudas dos segredos
De outrora, não ofusquem a tua glória.
Doravante estejas atenta ao conselho
Da sua própria imagem diante do espelho
Onde a marca no rosto não te condena,
Que teus erros passados sejam acertos
E o tempo em tempo Cuidará dos consertos
Se a vontade da alma não for pequena.