Morte na cidade

Cantei.

E as esquinas oblíquas

se contorceram

desmascarando a rigidez fria

do asfalto noturno.

E permitindo que,

por entre as frestas quebradas,

eu visse as lágrimas

das flores

nelas soterradas.

Ninguém mais canta

(logo) nem mais as salva.

E aos poucos o mundo em que vivemos

vai trocando

:rimas e árias

por áridos campos de concreto

mudo.

(www.taticastro.blogger.com.br)

Tatiana Castro
Enviado por Tatiana Castro em 22/09/2005
Reeditado em 22/09/2005
Código do texto: T52618