Senti como se me chamasses.

Em meio à noite,

estática na escuridão da madrugada,

meus sonhos despertaram subitamente

e me chamavas.

Não era meu nome,

nem um som ecoou pelas estrelas,

sem luz e sem luar.

Te ouvi, mas não falavas,

simplesmente chamavas como se penetrasses no meu sono,

como se eu fosse apenas alma.

E se alma fossem meus sentimentos,

e alma estivesses em meus momentos.

Senti que me envolvias.

Acolhi teu chamado,

descobri todos meus anseios,

revoei por ti meus devaneios,

não pensei,

não planejei.

Encontrei-me no encontro de tua chama,

acendi meus desejos entre teus olhos

e abracei em ânsias o teu ser.

Aqui estou.

Não sou farsa, nem imagem.

Sou tua sombra e vou perseguindo os teus passos.

Sou retorno e tua viagem.

Chego a ti inteira,

possessiva e dominada,

fico contigo até que exausta

me conduzas ao sono e à noite dos teus sonhos.

Sou amor.

Ida Satte Alam Senna
Enviado por Ida Satte Alam Senna em 17/06/2007
Código do texto: T530195