“A única coisa tão inevitável quanto a morte é a vida”
 

Quisera eu,
feito o irmão de Manoel de Barros,
ser árvore para passarinho
e fazer amizade com muitas borboletas.
Que felicidade
ver um ninho na árvore de minha calçada
e quase ao alcance das mãos.
Quisera eu
ser árvore para passarinho
e no mover das estações
renovar o coração.
Dar ao tempo o tempo necessário
da semente ao fruto
e vicejar com gratidão.
Fazer-se leito, alimento, sombra amena...
Sentir os anjos colhendo poemas.
Quisera eu
ser árvore para passarinho
e aprender de silêncios
para ouvir no pôr do sol
as confidências do Infinito.


(fotos da Bel)
Isabel Campos
Enviado por Isabel Campos em 07/07/2015
Código do texto: T5302526
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