Rosa Vermelha

 
Ah!  É tão linda a rosa vermelha!
À paixão se assemelha...
E tem dessa beleza indiscreta
apesar de ser, a rosa, virgem...
E incitar doida vertigem
 à mão que lhe toca inquieta.
 
Qual mulher não sonha num anseio
prender uma rosa vermelha ao seio?
Oferta de um grande amor...
E entre toques colocá-la num vaso
e na ilusão de eternidade, num livro raso,
onde — tristeza maior— perderá sua cor...
 
É uma pena que depois de oferecida,
seja tão amargamente esquecida
a beleza das pétalas escarlates.
Mas ai! Não fosse o poeta
versá-la na sua poesia incerta,
estaria morta sem arremates...





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