Quando morri

A primeira vez que morri

teus olhos fitaram com ânsia

a cruel inocência de uma criança

E tua venenosa mão

assassinou minha infância

A segunda vez que morri

Teus olhos fitaram minhas tranças

Teu monstro desejo inflamava

E tua falta de juízo

assassinou minha confiança

A terceira vez que morri

hipnotizei-me por teu olhar

tão negro quanto tua alma

e tua enganosa palavra

assassinou meu primeiro amar.

A quarta vez que morri

escolhi-te na multidão

entreguei-te meus sonhos e segredos

e tua traidora mentira

assassinou meu coração

A ultima vez que morri

Já nem me lembro mais

Cada dor, cada ferida

Carrego cravados no peito

Até que um dia eu fique em paz.

Luh Oliveira
Enviado por Luh Oliveira em 22/06/2007
Código do texto: T536311
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.