Longânimo

Meu egoísmo que lhe foi muito cruel

Como as garras reabrindo as feridas,

Foram tantas horas de amor perdidas

que vagueiam pelo cinza do meu céu.

Não fui do teu querer um merecedor

Nem da paixão dentro do teu olhar,

As lembranças que me fazem chorar

São angústias do silêncio da tua dor.

Sinto hoje a minha alma amargurada

Tão tristes foram as pisadas minhas,

Deu-me por amor o amor que tinhas

E em troca apenas eu lhe dei o nada.

Sob o peso do pecado com cara torta

Vou degustando a dor deste martírio,

Mergulhado na escuridão deste delírio

Me encontro de joelhos em tua porta.

De repente ela abriu-se e recebi a luz

No brilho do rosto a nova esperança,

Deitei-me no colo uma frágil criança

Implorando o perdão, ó amado Jesus.

Envolvido pelas suas mãos celestiais

ouvi sua voz dizer num gesto sereno,

Nunca me afastarei de ti meu pequeno

Levanta a cabeça vai e não peques mais.

Caminhes com fé e tenhas bom ânimo

Lute sempre o bom combate e vencerás,

Nem a morte e nem as trevas tu temerás

Pois eu lhe serei justo, fiel e longânimo.

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 31/08/2015
Reeditado em 31/08/2015
Código do texto: T5365529
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