Refúgio de augustas horas

Corroído me sinto agora

Com pensamentos anoitecidos

É dor que não vai embora

São sonhos esquecidos.

Me trancafio refugiado,

Buscando alguma bela lembrança;

Sei que nunca fui amado,

Nunca tive esperança.

Já nada me consola

Ante vida tão miserável,

Solidão que me assola

Em meu ego deplorável.

Rondo o tempo que me chega

Enquanto espero minha amarga hora,

Obra o silêncio que me seca,

Depois a morte, que me devora.

Vitor Barros
Enviado por Vitor Barros em 26/09/2005
Código do texto: T54062