OUTRA VEZ...

 
Sempre a primavera, sempre ela,
e estas ganas de colher flores
por velhos campos, essa aquarela
pintada de beleza e de cores...
 
Mas girou o tempo, girou enfim
sobre coisas tantas, tantas...
E mudou muito em mim...
Tenho tanto de “doidas e santas!...”
 
Mas eu queria ser virgem outra vez,
ter qualquer coisa de inocência
de cautela e também insensatez...
Ah! Sentir outra vez essa essência!...
 
Inclusive a essência de florescer;
de descobrir aos poucos o amor;
o desejo promíscuo de querer
ser possuída por ti com  fulgor...
 
A primeira vez seria então sua,
como a primeira flor da primavera.
Tão tímida! Mas mesmo assim tão nua!
Doce margarida que assim quisera...
 





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