MORTE ANUNCIADA

Milton Pires

Sambem, oh imbecis ! Aproxima-se a

hora esperada ! Sacudam-se as vossas bundas,

vomite-se a hóstia vencida, copule-se nas ruas

desertas, nos becos e pelas calçadas…

Até que a mentira engravide e nasçam nos vírus das

UPA'S, crianças já pedaladas, barragens de Pasadena,

vacinas de Mariana, efeitos da PETROBRAS, das

contas das bicicletas, das vilas sempre lotadas

das mortes cheias de ônibus, queimados no

seu desemprego…

Celebre-se essa epidemia dos cérebros sempre

menores e mude-se o tamanho das mentes na mais

provisória de todas as medidas – aquela em que é

o próprio Brasil que ri da sua eterna desgraça e

pensa que isso é cultura de paz e democracia,

solidário no seu egoísmo que chora com hora

marcada tragédias sempre distantes, que marcha

por outras causas...que sonha nas outras línguas

verdade eterna adiada...

Cante-se o Brasil de Espelhos em que nada

é realidade...tudo é eterno reflexo, das ONGS

e das minorias, imagem dos outros gêneros,

“reflexo da sociedade”

Gritem Foucault para índios, Marx é dono

de empresas! “Sartrem” os analfabetos !

Nietzsche foi rebatizado ! …

Até que o país se diplome, até que uma tese de

escrita, colada em fonte viciada, limpe o banheiro

das Letras, da banca da nota comprada, e assim a

Nação se “traduza”, e publique em idioma perfeito,

poema da morte anunciada…

Dezembro, 2015

cardiopires
Enviado por cardiopires em 23/12/2015
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