NÃO VÊEM OS OLHOS
Com nossos talheres manchados
Jantamos as vísceras dos feriados
Todas emparelhadas
Por navalhas, ceifadas.
Rumados olhares à eira da mesa
Encantados com bela sobremesa
Tina alta e luzidia, molho escarlate
Groselha não é, nem mesmo tomate.
Pensamento borbulhante
Em calda sobrenadante
Um carinho à espátula
Exposta a Dona Mácula.
Deslocando à fratura
E sabido à certa altura
Tinha gosto de fina cereja...
Um pouco mais de cerveja.