NÃO VÊEM OS OLHOS

Com nossos talheres manchados

Jantamos as vísceras dos feriados

Todas emparelhadas

Por navalhas, ceifadas.

Rumados olhares à eira da mesa

Encantados com bela sobremesa

Tina alta e luzidia, molho escarlate

Groselha não é, nem mesmo tomate.

Pensamento borbulhante

Em calda sobrenadante

Um carinho à espátula

Exposta a Dona Mácula.

Deslocando à fratura

E sabido à certa altura

Tinha gosto de fina cereja...

Um pouco mais de cerveja.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 02/07/2007
Reeditado em 09/07/2008
Código do texto: T549093
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