Metáfora do absoluto
Mesmo que eu fuja do espaço que habito,
Não consigo me evadir do tempo que me acolhe.
Fecho os olhos para ver e ouvir o vento passar,
E assim poder ver o mundo da existência oculta.
É ter em mim todos os sonhos que já se foram,
Deixando a certeza que realmente a alma é pequena.
Quando se vê lucidamente, o essencial sempre nos escapa.
Há que se celebrar com alegria cada dia que vivemos,
Consolarmos-nos com a realidade de menos um dia de vida,
Pois esta, a vida, não subsiste por si mesma e é escrava do tempo.