Vazios: vagões da mente. Ou fluxo de inconsciência
Sonhei-me sereia
Descobrindo esfinges
No sétimo céu da tua boca...
Mas quando acordo
Reparo
O que tuas invisíveis mãos fizeram-me esta noite?
Acordei com o corpo grafado,
Resenhas de um vampiro lírico...
Retratos surreais espalhados pelo chão
Se serei de ti tua obra-prima
Farei de teus ossos minha moldura
Inverso do meu corpo
Avesso de alma e som.
Sou o que queres agora:
anjo-boca-língua-dentes
Saliva pérfida celeste.
E meus passos cavam poços fundos
e rasos de consciência.