Vazios: vagões da mente. Ou fluxo de inconsciência

Sonhei-me sereia

Descobrindo esfinges

No sétimo céu da tua boca...

Mas quando acordo

Reparo

O que tuas invisíveis mãos fizeram-me esta noite?

Acordei com o corpo grafado,

Resenhas de um vampiro lírico...

Retratos surreais espalhados pelo chão

Se serei de ti tua obra-prima

Farei de teus ossos minha moldura

Inverso do meu corpo

Avesso de alma e som.

Sou o que queres agora:

anjo-boca-língua-dentes

Saliva pérfida celeste.

E meus passos cavam poços fundos

e rasos de consciência.

luana vignon
Enviado por luana vignon em 30/09/2005
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