SEM LUAR

Tanto tempo passado,

tantas noites iluminadas,

tão pouco o que foi deixado...

somente estrelas apagadas.

Hoje não olho mais a lua

para não lembrar o que foi esquecido.

E tantos falam em sua beleza cheia,

imperiosa, no vazio de outro céu...

imersa na inconstância desse léu,

vislumbro o tédio de minhas memórias.

Não há razão que floresça

onde o rancor fez morada.

Tampouco histórias.

As mágoas,

que não foram esquecidas

distanciaram os sentimentos.

A indiferença constante

pode ser, enfim, fundamentada.

E naquela bem fadada ocasião,

o luar que brilhava sobre a paixão,

teve sua luz aprisionada.

***22/02/2019

MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 23/02/2016
Reeditado em 22/02/2019
Código do texto: T5552775
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.