Conservador

olhe a mim, conservador,

e veja meu corpo – teu outro

igual mas distinto que tímido

rimou paradigmas engessados

com parafilias exageradas

de modo imperfeito

neste poema-canção

repara em meu corpo

buscando expressão,

outro, que ousou amar

e assim me liberto de mim

enquanto você conserva a dor.

Este poema foi gentilmente traduzido por Louise Goodman, que me presenteou com o seguinte texto:

Conservatrix

look at me, conservatrix,

and see my body — your other

equal albeit distinct yet timid

rhymed plastered paradigms

with exaggerated paraphilias

in an imperfect fashion

in this poem-song

notice how my body

searches for expression,

other, that dared to love

and thereby I liberate myself from me

while you conserve the tricks.