Quando, por vezes



Quando, por vezes, passeio pela suave penugem
Que recobre, tímida, tuas coxas e teu ventre,
Com a ponta dos dedos, causando-te calafrios,
Ou então por tuas costas, sinto em cada arrepio
O expressar mais íntimo de tua alma, entrementes,
A liberar-se de teu corpo, como se etérea nuvem.

Pelo cerrar de teus olhos, deliciados com a carícia,
Pelo sorriso que se estampa logo em teu semblante,
Pelos suspiros incontidos que exalas, assim, de súbito,
Acomodando-te ainda mais e melhor, em decúbito,
Aconchegando-te a meu corpo, bem mais que antes,
Ouvidos atentos e carentes por instantes de poesia.

E contigo sou levado por teu encanto em segundos,
Enlevado ao nos descobrirmos em tantas paragens,
Por certo, por descuido, anteriormente não vistas,
Quando percorri cada detalhe de teu corpo em revista,
Absorto em cada entalhe destas tão lindas viagens
Que faço, ao me perder em teus braços, meu mundo...
LHMignone
Enviado por LHMignone em 05/05/2016
Reeditado em 05/05/2016
Código do texto: T5626438
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