O RIO QUE SEGUE

A grave presença dos corpos.

Só reafirmo o que se sabe,

O valor da terra enriquece os portos

Sátiros pendurados pelos postigos

Prestigio de ser livre e perigoso.

Encerra o versar da terra e suas

Ordenações.

As cores pretéritas são portas obscuras

Decorrentes de rasas pontes de madeira

O rio que segue se ajusta ao ponto morto

Da rigidez e dos remotos antiquários.

Regimes de contas ouve-se na noite.

Onde as pontes (sempre elas)

São desestruturadas, assuntadas, dobradas,

Um quarto de hora que já se finda.

A noite caindo, pesada como cimento.