Contradições
Como ter a certeza do regresso de quem nunca se foi?
Sei lá! O que poderia dizer a boca sem que os olhos revelem.
Em sonhos noturnos elas- as musas - vivem sem roupagem,
Em um mundo indescritível, onde palavras são desnecessárias.
Mas esses sonhos sobre realidades mistas, geram consequências
De um doído sofrer de quem partiu e nunca mais voltou.
Daquele mundo sem maldades, sem pecado, sem pecador...
E ao mesmo tempo gera a impressão, um pouco longínqua,
Como um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda,
Gera impressão um tanto ou quanto metafísica, de questionar a vida.
Mas na realidade, nascemos com a certeza de que a morte nos espera,
Vivemos meras contradições da vida que nos cerca.